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17 de junho de 2015

Um alvo a abater

Na fotografia do grupo de militares, comandados por Alves Roçadas, onde está assinalado o pai da aluna nº 1 do Instituto de Odivelas, um dos militares impulsionadores da fundação do IO, em 1900.


Foram oficiais do Exército e da Armada e o filho de um rei, o Infante D. Afonso, a Rainha D. Maria Pia e o Rei D. Carlos que fundaram o Instituto de Odivelas.

O Governo de Portugal e o Ministro da Defesa Nacional concordam em extinguir uma escola de excelência  com uma vertente militar ao serviço de uma vertente pedagógica única e até paradigmática para as escolas portuguesas.

Trata-se de por as escolas públicas numa espécie de regime militar de excepção, quiçá com recolher obrigatório? Tudo parece ridículo se levado ao absurdo!

Ou os "militares na reserva" serão chamados às escolas públicas, de acordo com o Governo de Portugal,  porque há necessidade de impor a ordem e a segurança junto de crianças e jovens, de as proteger dos malfeitores e os perversos que rondam muros, grades e sebes?

Então e a PSP e a GNR que outras missões as esperam na terra, no ar e no mar?

Que diferença de 1900 para 2015! Tira-se ao Exército uma escola centenária e dá-se ao Exército uma missão ao mais alto nível para a Defesa de Portugal e em desacordo com a Constituição.

Porque é que o Governo de Portugal não deixa o IO em paz, em vez de o abater,  de o deixar ir ao fundo ou despenhar-se?

E o que é mesmo um Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas?

Na verdade, parafraseando o Primeiro-Ministro de Portugal, de que serve a Constituição aos Portugueses?

Maria Rodrigues

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