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24 de janeiro de 2015

As palavras de Padre Borges

No passado dia 7 de Janeiro, celebraram-se os 690 anos da morte de D. Dinis. Na homenagem prestada por algumas antigas alunas, o Padre Borges proferiu as seguintes palavras:



"Homenagem a D. Dinis

Os textos Sapienciais na Bíblia…

Texto do Livro de Ben-Sirá (Sir 44, 1-3ab.4.6-7.10.13-14)
Celebremos os louvores dos homens ilustres, dos nossos antepassados através das gerações.
O Senhor realizou neles a sua glória, a sua grandeza desde os tempos mais antigos.
Eram poderosos nos seus reinos, homens de fama pelos seus feitos grandiosos e bons conselheiros pela sua inteligência.
Eram guias do povo pelos seus conselhos, pela sua inteligência na instrução do povoe pelas sábias palavras no seu ensino.
Homens ricos e poderosos, viviam em paz em suas casas.
Todos eles alcançaram fama entre os seus contemporâneos e glorificados já em seus dias.
Foram homens virtuosos e as suas obras não foram esquecidas.
A sua descendência permanece para sempre e jamais se apagará a sua memória.
Os seus corpos repousam em paz e o seu nome vive através das gerações.

A escolha deste texto bíblico para a homenagem ao Rei D. Dinis, na ocasião do 690 aniversário do seu falecimento, ligou-se a 3 razões presentes na atitude desta figura ilustre da História de Portugal: 
  1. A consciência de que servimos causas maiores do que a própria história pessoal. Os limites da natureza humana, enquadrada no espaço e no tempo, são oportunidade para semear, cultivar e pugnar por causas que nos transcendem. D. Dinis fez-se acompanhar por esta lucidez.
  2. A consciência de que no presente se alicerça o futuro. D. Dinis desenvolveu o ser e o saber para alicerçar, robustecer, tonificar, no presente, o futuro. A missão do Mosteiro de Odivelas foi gizada precisamente para este servir: facultar às jovens recursos sólidos para edificar futuro pessoal e futuro/progresso de um povo.
  3. Orientou-se pela linha de congregar, fazer convergir, fazer confluir todos os recursos. D. Dinis adotou como atitude e procedimento de fundo:
a.       Instituir e não destituir;
b.      Motivar/organizar/potenciar e não desintegrar/enfraquecer/desanimar;
c.       Relançou a “alma” das Terras de Santa Maria...

…e a memória tem-no presente com saudade…
…a sua alma acompanha a história e continua viva em Odivelas."
 

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